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domingo, 8 de abril de 2012

Paisagens: o olhar humano da natureza como cultura


Foto: Intervenção em Rubena (Espanha)

Angel Pino, em seu livro "As marcas do humano: às origens da constituição cultural da criança na perspectiva de Lev S. Vigotski" (2005) se coloca a seguinte questão: 

Como realidades naturais ou biológicas podem adquirir forma cultural e como realidades culturais podem se concretizar, ou objetivar, em realidades naturais ou biológicas; em suma, como duas ordens diferentes de realidade podem concorrer para a constituição unitária do ser humano.

O mesmo autor propõe o enfoque semiótico ao problema, ou seja, à compreensão de como o homem atribui significado às coisas do mundo, incluindo a própria natureza e para a qual lançará, sempre, um olhar da cultura. Nesse sentido, a natureza será, para o homem, a paisagem que expressa algum tipo de relação da condição mundana do homem: seus conflitos e pertença ao lugar, as relações de poder, condições de vida, fruição estética etc. 
O verdadeiro desafio hodierno e futuro está, cada vez mais, em educar para a leitura estética e semiótica da paisagem que instigue nosso sentido de pertença ao mundo. Por outro lado, o tratamento dado à paisagem se constituirá, cada vez mais e a medida que a ação humana for se expandindo sobre o mundo, num ato educativo. 

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Grupo de Estudos do Departamento de Metodologia de Ensino (DME) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - campus São Carlos, voltado às reflexões e proposições sobre a Didática na formação docente, tendo como referenciais teóricos e metodológicos, os estudos de gênero, os feministas, a a/r/tografia e a videoformação, visando problematizar a questão da opressão da corporeidade e da performatividade de professores e professoras, de alunos e alunas nos contextos da tecnoburocracia do sistema escolar, da ambiência acadêmica universitária e de certa pesquisa educacional normativa e prescritiva. Defendemos o reconhecimento dos saberes manifestos nos “corpos conscientes” e, portanto, compreendemos que o ideal e os procedimentos da normatização das práticas e dos fazeres no processo de ensino-aprendizagem se configuram como políticas de opressão à docência e à discência.

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