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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

IFSP inicia a ocupação do extremo norte da UFSCar

Sem uma discussão mais consolidada sobre a expansão da UFSCar em direção ao extremo norte do seu campus em São Carlos, a área começa a ser ocupada, paradoxalmente ou não, pelo Instituto Federal de Educação e Tecnologia de São Paulo e não pela própria UFSCar. Como já dissemos nesse blog, atualmente, não é possível para um membro da comunidade UFSCar, medianamente informado, conhecer o projeto do prédio do IFSP. O mesmo não se encontra acessível nos meios de comunicação. Então, vamos acompanhando in locu o que vai acontecendo, mas ao reboque daquilo que já foi feito. 



Como podemos ver pelas fotos acima o local da construção já foi "limpado". Estimamos que a área demarcada corresponda a, aproximadamente, metade da área cedida ao IFSP. Nossa intenção é continuar acompanhando as obras e tentar conhecer o projeto do edifício a ser construído. 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Contra o senso comum e o imediatismo, a expansão do extremo norte da UFSCar não deve se iniciar pela atual área norte 

Basta olhar para o que já está ocorrendo e aquilo que está para acontecer nos arredores do campus da UFSCar, em São Carlos, para perceber que, no futuro não muito distante, o extremo norte será área muito valorizada, pois terá acessos e vizinhos privilegiados. Um deles, será a Cidade da Bioenergia que está localizada na Rod. Guilherme Scatena (estrada que leva ao Balneário 29), a qual está para ser duplicada. Por outro lado, há um projeto de criação de uma via de circulação que contornará o extremo norte do campus, ligando a Rod. Guilherme Scatena à Rod Engenheiro Thales de Lorena Peixoto Jr. (estrada que leva à Ribeirão Preto)na altura Parque Ecotecnológico Damha (vide mapa ao lado), esse último já delimitado e com infraestrutura pronta. 
Desse modo, teremos a intensificação da urbanização da vizinhança e, considerando que o campus está rodeado de áreas cultiváveis e pastagens, restará ainda menos áreas arborizadas na região. Tudo isso nos leva a pensar que iniciar a ocupação do extremo norte pelo atual norte já ocupado, avançado sobre áreas de Cerrado é um erro estratégico. Será que estamos esperando que o já saturado escoamento de veículos pelos portões norte e sul, nos horários de pico, ainda dará conta de mais veículos que acessariam o extremo norte pelo "picadão" cortando a área de Cerrado em regeneração? Necessitamos planejar a ocupação do extremo norte levando em conta o novo cenário que se articula nas vizinhanças do campus, assim como projetar um novo campus naquela área que corresponda aos desafios socioambientais dos anos vindouros.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Como será a ocupação do extremo norte pelo IFSP?

Segundo a imprensa local, foi assinado, em dezembro de 2011, o Termo de Serviço para início das obras do IFSP-Campus São Carlos, numa área de 25000 m2, cuja cessão àquela instituição foi aprovada pelo Conselho Universitário em 2010. No entanto, consultando o site do IFSP e da UFSCar não consta nenhum informe público sobre o projeto que será executado. Também, desconhecemos a forma de acesso ao prédio a ser construído, uma vez que ele deverá estar localizado numa área do extremo norte, no pós cerrado, para a qual não há, ainda, acesso regular. Ao que tudo indica, o IFSP deverá ser atingido desde a futura entrada noroeste do campus. Partindo-se dela até o futuro prédio, deverão ser percorridos, aproximadamente, 820m. 
O acesso será pavimentado e iluminado? E a rede de esgoto e água, por onde passará? Ainda segundo a imprensa local, a previsão de término das obras é de 14 a18 meses (!), tendo sido liberada, pelo Governo Federal, a quantia de  R$ 11,9 milhões de reais. Por que  não foi divulgado publicamente o memorial descritivo da área com as condições a serem seguidas pelo Instituto quanto aos aspectos ambientais, arquitetônicos, as diretrizes estabelecidas no PDI-UFSCar demandadas pelo Conselho Universitário para a expedição do Termo de Cessão, a qual já foi realizada?  


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Contra a priorização da circulação de veículos motorizados pela Área Norte no Campus UFSCar e extensão desse modelo ao extremo norte

Encontra-se em processo de terraplanagem, a extensão da via de mão dupla na área norte conforme mostra a foto ao lado.
Comparando com o mapa do campus, divulgado no site da UFSCar, trata-se de obra já prevista e que consolida o processo de construção de vias de circulação para veículos motorizados na área Norte. Resta saber se estão previstas a construção de ciclofaixas e a arborização nessas novas vias, uma vez que a área norte está bem árida. Por outro lado, considerando que a via em construção é prolongamento da que já existe atualmente margeando a área de cerrado e que, conforme o mapa, ambos os trechos estarão conectados por uma rotatória localizada bem no início de um "picadão no Cerrado" (destaque na foto), parece-nos que o projeto implícito ou explícito é transformar o picadão  numa futura via de mão dupla atravessando o Cerrado e acessando o extremo norte. Somos contrários a isso, visto que a via dividiria a continuidade entre as áreas de Cerrado já preservadas e que são interligadas pela outra área de Cerrado em litígio mencionada em postagem anteriores. Defendemos que esse sistema de vias otimize a circulação de veículos motorizados pela saída norte (a saída sul já é bastante congestionada nos horários de pico, pois há excesso de veículos motorizados no campus) e, futuramente, para o acesso ao extremo norte por fora do campus. O picadão do Cerrado funcionaria, futuramente, apenas como ciclovia e via de pedestres. Acerca do seu aproveitamento, cabem maiores discussões pela comunidade UFSCar. Consideramos que o modelo de expansão da área norte não pode, simplesmente, ser estendido para o extremo norte. Ele necessita ser revisto. 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

UFSCar - São Carlos - 2062: A expansão no extremo norte do campus é um projeto para, no mínimo, os próximos 50 anos. Portanto, vamos com calma e muita reflexão! 

Considerando que o campus da UFSCar-São Carlos demorou quarenta anos para tomar a sua atual dimensão e formatação, pensar a ocupação da área do extremo norte é, no mínimo, um projeto para os próximos cinquenta anos se considerarmos que essa área tem, aproximadamente, o dobro do tamanho do atual campus (descontada a área preservada de Cerrado). Nesse período, estamos considerando que o país prospere e que o crescimento da Universidade seja priorizado. Levando em conta essa perspectiva, fizemos um exercício de imaginar um NOVO campus, o CAMPUS NORTE representado no mapa abaixo. A área construída ATUAL seria denominada CAMPUS SUL.
Na área do futuro CAMPUS NORTE já há diversos caminhos demarcados (segmentos vermelhos no mapa acima). Os mesmos seriam aproveitados como as principais vias de circulação. Como o terreno é bastante plano ele também é bastante propício à instalação de ciclovias ou ciclofaixas. Quem sabe, no futuro, tenhamos veículos motorizados menos poluentes e ruidosos. O CAMPUS NORTE contaria com duas entradas/saídas (pontos 1 e 2 no mapa acima) e estaria separado do CAMPUS SUL por uma área de reserva de Cerrado e pelas instalações do Instituto Federal de Educação e Tecnologia de São Paulo (IFSP) cuja construção está no início. Os campi poderiam, ainda, ser interligados por um caminho para pedestres e ciclovia/ciclofaixa (linha pontilhada amarela no mapa acima). Desse modo, mesmo como área de reserva, o Cerrado estaria no cotidiano da comunidade UFSCar e não isolado dela. A ocupação do CAMPUS NORTE poderia começar pelas áreas 1 ou 2 (vide mapa acima). Talvez, a área 1 seja a mais indicada, pois como se pode ver no mapa acima, já há residências próximas e, atualmente, está sendo instalado um condomínio administrativo na região. Já, a área 2 fica próxima à EMBRAPA e a futura CIDADE DA ENERGIA. O pior, mesmo, seria começar a ocupação do CAMPUS NORTE na região próxima à atual área norte, uma vez, mantida preservada a área de Cerrado em litígio (conforme defendemos em postagens anteriores), as primeiras construções ficariam isoladas do atual campus por uma faixa de Cerrado e, inclusive, pelo prédio do IFSP.  

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pela integração paisagística da área de litígio de Cerrado à expansão do extremo norte da UFSCar

A área de expansão do extremo norte do campus São Carlos da UFSCar já sofreu diversas intervenções antrópicas. Parte do Cerrado remanescente está legalmente protegido. Defendemos que a área hachurada em rosa na figura acima, seja mantida sem novas intervenções e, nessa condição, integrada ao projeto de expansão como paisagem de Cerrado para harmonização sócio ambiental. Ela estaria para a área norte assim como o lago está para a área sul. Quanto ao picadão, já aberto numa das laterais desse quadrilátero de Cerrado, que interliga a área norte ao extremo norte, propomos que o percurso seja utilizado como via secundária para o transporte privado (o percurso principal para esse tipo de transporte seria a via externa ao campus representada pelo traço vermelho na figura acima)e destinado, prioritariamente, à pedestres, ciclovia e transporte coletivo. Isso já acontece com a "alameda" que passa junto ao lago da área sul.
"Alameda" junto ao lago da área sul: via secundária para o transporte no campus
A necessidade de um projeto arquitetônico ambientalmente adequado para a expansão do extremo norte do campus São Carlos: mirando a
 experiência da UFAM

Campus da UFAM em Manaus

O campus da Universidade Federal do Amazonas possui construções projetadas por Severiano Porto que, segundo Neves, em sua dissertação de mestrado defendida em 2006 na EESC/USP-São Carlos, possuem baixo impacto ambiental e com interferência mínima na paisagem original (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18141/tde-03012007-232857/pt-br.php). Outra proposta para a redução do impacto ambiental das construções é a verticalização dos edifícios e dos estacionamentos de veículos.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Mundos possíveis

Na área do extremo norte, já há um picadão cortando a área remanescente de Cerrado (foto à esquerda). Nesse picadão foram instalados diversos postes altos a fim de transportar a rede elétrica para o local onde está sendo construída a sede de uma outra instituição de educação do governo federal no meio da floresta de pinheiros. Qual será o projeto de impacto ambiental para a área afetada? O que podemos fazer para que o picadão priorize, futuramente, o transporte coletivo dos alunos, uma vez que há a alternativa de circulação de veículos externa ao campus passando pela floresta de pinheiros?
No centro da cidade de São Carlos, um trecho da rua beirando o Córrego do Gregório sofreu, recentemente, uma intervenção urbanística (foto acima) com a substituição do asfalto por lajotas permeáveis, luminárias baixas, calçadas para pedestres e obstáculos que promovem a circulação de veículos com velocidades reduzidas. Esse exemplo poderia ser aproveitado na urbanização do picadão pelo Cerrado? 
Predomínio do transporte individual nas áreas internas do campus


A circulação de veículos particulares no interior do campus está saturada. A presença dos veículos afeta duramente a paisagem. Apenas recentemente começou a rodar o circular para o transporte coletivo principalmente dos alunos. Também, não há opções como ciclovias ou ciclofaixas. Nesse quesito em particular, a expansão da área do extremo norte preocupa. Qual é a proposta de circulação viária para aquela área? Também priorizará o acesso de veículos particulares pela área interna do campus?  
Paisagismo que convida ao convívio na área Sul está ameaçado


Ao lado do prédio do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), na área sul, há uma área de convívio a céu aberto. O espaço é agradável aos olhos e funciona como circulação entre diversos departamentos instalados em edifícios isolados. Há árvores, caminho para pedestres, bancos e mesas. No entanto, recentemente, esse setor da área sul passa por um adensamento arquitetonicamente desarmônico. Foram construídos prédios à beira do muro da UFSCar e em posicionamentos espaciais que acirram a perspectiva de sobreposição dos edifícios. Um outro prédio obstruiu a parte frontal da área de convívio, isolando-a ainda mais do restante do campus. A construção de mais um prédio diminuiu o recuo entre aqueles já existentes. Enfim, se está criando, nesse espaço, um problema de escala arquitetônica onde a área construída não é condizente com o espaço não construído, gerando um "labirinto" estreito e desordenado de edificações.     
Qual o impacto da expansão, nos últimos anos, da área norte na paisagem do campus?


 Nos últimos anos, vários prédios foram construídos ou estão em construção na área norte da UFSCar. O que se observa naquele local, é o predomínio de um aspecto árido da paisagem. Há muita grama e despontam, no cenário, prédios sobrepostos. Suas arquiteturas são meramente funcionais e monótonas. Há um nítido contraste entre as paisagens do sul, do norte mais antigo e a área de expansão. Será que, com o tempo, a área de expansão adquirirá um aspecto mais harmonioso? O que é necessário fazer para integrar às áreas norte e sul do ponto de vista de suas paisagens?

A modificação da paisagem do campus 
São Carlos da UFSCar

O que gostaríamos de debater, acerca da atual paisagem do campus São Carlos da UFSCar e as modificações que ela vem sofrendo, assim como futuras intervenções que se articulam no presente, não se reduz à defesa da "preservação" dos remanescentes naturais. Como atesta a foto ao lado, uma imagem antiga do campus obtida desde a Praça da Bandeira, na área norte, é que já se sucederam diferentes paisagens em virtude da ação humana. Inclusive, houve, em alguns casos, atenuação da degradação antrópica do meio, se levarmos em conta o cenário atual que corresponde ao da foto acima. Assim, nossa premissa é de que as intervenções devem ser pensadas visando otimizar ou mesmo ampliar as possibilidades ecológicas, ao se considerar o bem estar dos seres vivos, a fruição estética do homem em relação à paisagem e as demandas sociais legítimas de uso do espaço físico para que a Universidade possa ampliar sua atividade de ensino, pesquisa e extensão de que nosso país necessita para o seu desenvolvimento. O debate portanto é amplo e requer reflexões nos âmbitos científico, filosófico, estético, ético e tudo o mais que contribua para a harmonização socioambiental.

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Grupo de Estudos do Departamento de Metodologia de Ensino (DME) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - campus São Carlos, voltado às reflexões e proposições sobre a Didática na formação docente, tendo como referenciais teóricos e metodológicos, os estudos de gênero, os feministas, a a/r/tografia e a videoformação, visando problematizar a questão da opressão da corporeidade e da performatividade de professores e professoras, de alunos e alunas nos contextos da tecnoburocracia do sistema escolar, da ambiência acadêmica universitária e de certa pesquisa educacional normativa e prescritiva. Defendemos o reconhecimento dos saberes manifestos nos “corpos conscientes” e, portanto, compreendemos que o ideal e os procedimentos da normatização das práticas e dos fazeres no processo de ensino-aprendizagem se configuram como políticas de opressão à docência e à discência.

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