Total de visualizações de página

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Expansão do Campus UFSCar - São Carlos em área de Cerrado estará em pauta em reunião do ConsUni de 14/12/12

Em documento a ser apreciado em reunião do ConsUni, no dia 14/12/12, a administração da UFSCar mantem a proposta da construção de "corredor urbanizado" pelo Cerrado no extremo norte do campus de São Carlos. No histórico, constante do próprio documento, se observa a complexidade da questão, com sucessivas propostas visando adequação à Lei mas, mantendo a premissa da necessidade de "não fragmentação" do campus. O fato é que o documento não traz nenhum estudo mais pormenorizado da questão e, portanto, a premissa da "não fragmentação do campus" soa como um postulado ad hoc. Como já evidenciamos em outras postagens, carecemos de um estudo mais detalhado e abrangente que possa refletir sobre a expansão do campus São Carlos nas próximas décadas. Nesse sentido, há diversas transformações viárias que ocorrerão ao redor do campus, esvaziando a argumentação da sua possível fragmentação. Ou seja, a questão não está sendo pensada holisticamente e a problemática fica empobrecida com a decisão apenas de se construir ou não o tal corredor urbanizado. Em que pese as sucessivas reduções da área de ocupação do Cerrado propostas pela administração da UFSCar, sob pressão dos órgãos fiscalizadores e, quiça, por alguma manifestação contrária da comunidade e da sociedade, de maneira geral, podemos estar perdendo a oportunidade de discutir uma nova reinserção cultural e social do campus São Carlos - UFSCar na região de São Carlos. As construções de novos edifícios, vias de transporte e estacionamentos têm consolidado problemas socioambientais sérios que tendem a se expandir pela nova área. Portanto, consideramos que a questão não é apenas a ocupação do Cerrado mas, a continuidade de um modelo de expansão e crescimento que tem desqualificado socioambientalmente o campus, como a construção de estacionamentos em áreas importantes de convivência, de edifícios estritamente funcionais e adensamento desordenado dos mesmos. A área norte, hoje, é bastante inóspita aos pedestres com a falta de vegetação que amenizaria a incidência dos raios solares e melhoria do conforto ambiental. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

UNIFEI PROJETA UM CAMPUS EM ITABIRA(MG)COM QUALIDADE SÓCIO-AMBIENTAL
 
 
A UNIFEI - Universidade Federal de Itajubá - tem um projeto com qualidade sócio-ambiental para o seu novo campus, em Itabira. A proposta se alinha ao objetivo da universidade de tornar-se um agente de desenvolvimento regional por meio de um campus de padrão internacional, em termos de infraestrutura, relacionamento social e integração com a natureza. O campus foi concebido para ser um parque à disposição da comunidade. Contará com teatro, ginásio, quadras, piscina semi-olímpica, academia de ginástica, além de trilhas do conhecimento e amplas áreas de convivência. O complexo terá sete conjuntos de prédios, incluindo um parque tecnológico e centros administrativo e acadêmico, o que significa uma área construída de aproximadamente 80.000m². A implantação dos edifícios foi pensada para aproveitar ao máximo a incidência do sol e do vento, a topografia e a vegetação local, garantindo o mínimo de impacto e valorizando as qualidades do lugar. Nas áreas livres, as encostas serão mantidas como áreas de preservação e o lago ganhará destaque dentro do complexo. O uso de transporte público será estimulado pela construção de um terminal que restringe o acesso de carros particulares e oferece meios alternativos. Os visitantes poderão circular por faixas exclusivas a pedestres, bicicletas e por vias de baixa velocidade.
 
 

sábado, 3 de novembro de 2012

Plano de expansão da UFSCar publicado em revista local de anúncios publicitários 


Uma revista local voltada à divulgação de anúncios publicitários publicou, recentemente, uma matéria cujo título é "Mais espaço para o conhecimento". Nela, encontramos o mapa da expansão da UFSCar acima. Ao longo da matéria, se fala de "ocupação da área ociosa da UFSCar". Infelizmente, algumas informações do mapa não são legíveis e gostaríamos de saber como é possível ter acesso à ele como membro da comunidade universitária e não como leitor de revista de anúncios publicitários. Por outro lado, nos parece que o plano repete o modelo da expansão da área Norte que, no nosso entendimento, é catastrófico para as questões ambientais básicas ,pois sobrou apenas gramado, estacionamentos, priorização do acesso dos veículos e prédios funcionais. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Pela regeneração do Cerrado na UFSCar-São Carlos

 

Um comentário que já ouvi de algumas pessoas na UFSCar é que há áreas de remanescente de Cerrado no campus São Carlos que, nos anos 90, já foram locais de plantação de café da antiga fazenda que havia no local. Numa delas, durante os últimos anos, o Cerrado voltou a crescer. Portanto, essas mesmas pessoas minimizam a importância de se preservar tais áreas.

Trecho de área de Cerrado remanescente na área norte da UFSCar-São Carlos onde, antes, houve plantio de café

O que essas pessoas não percebem é que não estamos mais nos anos 90. A questão socioambiental avançou. Se trata, hoje, de recuperar áreas devastadas. E, se por um "descuido" da administração do Campus, o Cerrado voltou a crescer onde antes haviam plantações de café, eis uma demonstração da força de regeneração do Cerrado. O que precisamos é, na expansão para o extremo norte do campus, regenerar o Cerrado! 

Qual a importância de se preservar a paisagem? Estacionamento cria intervenção na paisagem da área Sul do campus UFSCar-São Carlos

Uma das vistas mais valorizadas no campus São Carlos da UFSCar é o lago e o bosque de árvores ao fundo que podem ser observados desde a área Sul, próximo ao Ginásio Esportivo e as diversas quadras de esportes. O Ginásio tem o grande mérito de ter sido construído cravado no solo, de tal modo que libera a vista da paisagem. O local já é uma área de convivência e fruição da comunidade. Infelizmente, recentemente, foi construído, no local, um estacionamento de veículos.


Portanto, a paisagem será dividida com um monte de carros estacionados. Por outro lado, pensem nos outros diversos usos que poderiam ser dados a esse espaço no sentido de valorizar o ambiente de convivência coletiva no campus.

DEVIR ANCESTRAL (DAN):

performance artística a favor do Cerrado da TANTEATRO Companhia de Dança



Filme tríptico de MAURA BAIOCCHI

20 min.

Devir Ancestral é tornar-se água, planta, bicho, pedra. Performance depoimento poético filmada na Chapada dos Veadeiros (Vale da Lua e Raizama) no Estado de Goiás e em Nova Bethânia no Distrito Federal. Denuncia as agressões que ameaçam as condições de vida do bioma CERRADO que ocorre principalmente na região centroeste do Brasil. Tematiza as tensões entre corpo, meio ambiente e identidade mestiça. O projeto de edição entrelaça simultaneamente três planos imagético-narrativos diferentes que dialogam entre si. 
"Ao unir minha herança involuntária (indígena, africana, européia e asiática) com a herança voluntária de afinidades eletivas adquiridas ao longo de minha errância criativa, levo à cena um devir corpóreo que embaralha a noção do Eu no tempo e no espaço." Ecoperformance: eco, do grego "oikos" significa casa, o lugar onde se vive. A partir da compreensão do corpo como uma extensão do mundo (e vice-versa), morador e casa, corpo e planeta Terra, se confundem. As constantes agressões à vida animal, vegetal e mineral provocam a decadência e a morte dos corpos e das culturas. DAN é uma contribuição artística diante da necessidade de ações eco-éticas que visam uma interação cuidadosa com todas as formas de existência. O meioambiente é a gente."
Maura Baiocchi



sábado, 9 de junho de 2012

Não é apenas uma árvore a menos...
Recentemente, mais uma árvore tombou na UFSCar. Ela estava lá e, noutro dia já não estava mais. Tínhamos a árvore e bancos para o convívio. Não temos mais. Foi tudo muito rápido. É num local da área norte por onde circulam poucas pessoas. Está entre o Departamento de Psicologia e a Educação Especial. Fomos informados de que, no local, será construído um auditório.

 Antes do corte da árvore

  Após o corte da árvore

Alguns dirão se tratar apenas do corte de uma árvore justificada pela "função social da Universidade". Mas, preocupa como as coisas têm acontecido. Parece que prevalesce o desrespeito aos padrões mínimos da ambientalização espacial. A escala não está sendo respeitada por meio de um adensamento de edifícios de arquituras irregulares e meramente funcionais.


Em nossa opinião, o campus da UFSCar passa por um período de acelerada degradação ambiental em decorrência de uma expansão que não respeita os princípios de sustentabilidade, inclusive aqueles especificados em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

domingo, 8 de abril de 2012

Paisagens: o olhar humano da natureza como cultura


Foto: Intervenção em Rubena (Espanha)

Angel Pino, em seu livro "As marcas do humano: às origens da constituição cultural da criança na perspectiva de Lev S. Vigotski" (2005) se coloca a seguinte questão: 

Como realidades naturais ou biológicas podem adquirir forma cultural e como realidades culturais podem se concretizar, ou objetivar, em realidades naturais ou biológicas; em suma, como duas ordens diferentes de realidade podem concorrer para a constituição unitária do ser humano.

O mesmo autor propõe o enfoque semiótico ao problema, ou seja, à compreensão de como o homem atribui significado às coisas do mundo, incluindo a própria natureza e para a qual lançará, sempre, um olhar da cultura. Nesse sentido, a natureza será, para o homem, a paisagem que expressa algum tipo de relação da condição mundana do homem: seus conflitos e pertença ao lugar, as relações de poder, condições de vida, fruição estética etc. 
O verdadeiro desafio hodierno e futuro está, cada vez mais, em educar para a leitura estética e semiótica da paisagem que instigue nosso sentido de pertença ao mundo. Por outro lado, o tratamento dado à paisagem se constituirá, cada vez mais e a medida que a ação humana for se expandindo sobre o mundo, num ato educativo. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Por um plano de recuperação ambiental do Cerrado devastado na área do extremo norte do Campus São Carlos da UFSCar

Em postagens anteriores já nos referimos à necessidade de elaboração do planejamento da expansão da UFSCar na área do extremo norte do campus de São Carlos. Com exceção da área de reserva legal e de um trecho de remanescente de Cerrado, o extremo norte está ocupado por eucaliptos que já foram utilizados para suprir uma indústria de papel local. Propomos a elaboração de um plano de expansão que priorize a recuperação ambiental do Cerrado em harmonização com a construção de edificações sustentáveis em espaços otimizados. Como já dissemos, se trata de pensar o crescimento da Universidade, com responsabilidade socioambiental para, no mínimo, os próximos cinquenta anos!
As diretrizes do Plano de Desenvolvimento Institucional, atualmente, em vigor, estão sendo respeitadas? 


O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFSCar, atualmente em vigor, estabelece como uma de suas metas "gerenciar as ações de expansão física, a fim de evitar construções improvisadas e/ou com impactos negativos na harmonia do ambiente urbano e na qualidade de vida nos campi". A foto ao lado, de uma obra na área sul do campus São Carlos, parece colocar esta meta do PDI em questão. Não conhecemos o projeto do edifício. Será que não foi desrespeitado o recuo que havia entre os dois edifícios existentes criando um problema de "escala" ou adensamento (sobreposição de construções)? O mesmo questionamento se aplica a outras obras que já foram efetuadas recentemente ou estão em curso nas imediações.  

quarta-feira, 21 de março de 2012

O trânsito congestionado dos horários "de pico" na entrada Sul da UFSCar: um problema a ser considerado na expansão do campus 

Com o crescimento da UFSCar nos últimos anos, mais veículos acessam o campus de São Carlos. Portanto, visto que não houve nenhuma mudança na política de circulação de veículos e pedestres, estamos diante de um problema que só tende a se agravar. Com uma futura expansão da Universidade na área do extremo norte, sem uma política de regulação do transporte e um projeto socioambiental adequado estaremos gestando o caos. Defendemos entradas independentes para a área de expansão com a preservação de uma faixa de remanescente de Cerrado que una as áreas de preservação atualmente existentes, a criação de ciclofaixas e a melhoria do transporte coletivo no campus.
Contra a lógica do fato consumado

Parte da dificuldade da mudança de atitudes é que as demandas se apresentam cotidianamente e, na impossibilidade de fazermos diferente, repetimos os padrões estabelecidos. Essa reiteração dos hábitos vai tornando "natural" situações e atitudes que não o são. Assim, elas vão se consumando e passam a ser consideradas "fatos" legítimos. Por exemplo, diante da necessidade de se cumprir os horários, os compromissos, quem questionará o "fato" de que os veículos individuais que nos transportam necessitam de um lugar para estacionarem? E, por que não, sobre uma área verde ampla como a da Pça da Bandeira na área sul do campus São Carlos da UFSCar?  Diante do "fato consumado", é "natural" que seja pleiteada a construção de recuos na Pça como aqueles que já existem. Como a lógica é que mais carros circulem no futuro, quem sabe, toda a Pça não possa ser considerada uma área ociosa? Defendemos o incentivo ao uso de transporte coletivo e a construção de ciclovias no campus!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

IFSP inicia a ocupação do extremo norte da UFSCar

Sem uma discussão mais consolidada sobre a expansão da UFSCar em direção ao extremo norte do seu campus em São Carlos, a área começa a ser ocupada, paradoxalmente ou não, pelo Instituto Federal de Educação e Tecnologia de São Paulo e não pela própria UFSCar. Como já dissemos nesse blog, atualmente, não é possível para um membro da comunidade UFSCar, medianamente informado, conhecer o projeto do prédio do IFSP. O mesmo não se encontra acessível nos meios de comunicação. Então, vamos acompanhando in locu o que vai acontecendo, mas ao reboque daquilo que já foi feito. 



Como podemos ver pelas fotos acima o local da construção já foi "limpado". Estimamos que a área demarcada corresponda a, aproximadamente, metade da área cedida ao IFSP. Nossa intenção é continuar acompanhando as obras e tentar conhecer o projeto do edifício a ser construído. 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Contra o senso comum e o imediatismo, a expansão do extremo norte da UFSCar não deve se iniciar pela atual área norte 

Basta olhar para o que já está ocorrendo e aquilo que está para acontecer nos arredores do campus da UFSCar, em São Carlos, para perceber que, no futuro não muito distante, o extremo norte será área muito valorizada, pois terá acessos e vizinhos privilegiados. Um deles, será a Cidade da Bioenergia que está localizada na Rod. Guilherme Scatena (estrada que leva ao Balneário 29), a qual está para ser duplicada. Por outro lado, há um projeto de criação de uma via de circulação que contornará o extremo norte do campus, ligando a Rod. Guilherme Scatena à Rod Engenheiro Thales de Lorena Peixoto Jr. (estrada que leva à Ribeirão Preto)na altura Parque Ecotecnológico Damha (vide mapa ao lado), esse último já delimitado e com infraestrutura pronta. 
Desse modo, teremos a intensificação da urbanização da vizinhança e, considerando que o campus está rodeado de áreas cultiváveis e pastagens, restará ainda menos áreas arborizadas na região. Tudo isso nos leva a pensar que iniciar a ocupação do extremo norte pelo atual norte já ocupado, avançado sobre áreas de Cerrado é um erro estratégico. Será que estamos esperando que o já saturado escoamento de veículos pelos portões norte e sul, nos horários de pico, ainda dará conta de mais veículos que acessariam o extremo norte pelo "picadão" cortando a área de Cerrado em regeneração? Necessitamos planejar a ocupação do extremo norte levando em conta o novo cenário que se articula nas vizinhanças do campus, assim como projetar um novo campus naquela área que corresponda aos desafios socioambientais dos anos vindouros.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Como será a ocupação do extremo norte pelo IFSP?

Segundo a imprensa local, foi assinado, em dezembro de 2011, o Termo de Serviço para início das obras do IFSP-Campus São Carlos, numa área de 25000 m2, cuja cessão àquela instituição foi aprovada pelo Conselho Universitário em 2010. No entanto, consultando o site do IFSP e da UFSCar não consta nenhum informe público sobre o projeto que será executado. Também, desconhecemos a forma de acesso ao prédio a ser construído, uma vez que ele deverá estar localizado numa área do extremo norte, no pós cerrado, para a qual não há, ainda, acesso regular. Ao que tudo indica, o IFSP deverá ser atingido desde a futura entrada noroeste do campus. Partindo-se dela até o futuro prédio, deverão ser percorridos, aproximadamente, 820m. 
O acesso será pavimentado e iluminado? E a rede de esgoto e água, por onde passará? Ainda segundo a imprensa local, a previsão de término das obras é de 14 a18 meses (!), tendo sido liberada, pelo Governo Federal, a quantia de  R$ 11,9 milhões de reais. Por que  não foi divulgado publicamente o memorial descritivo da área com as condições a serem seguidas pelo Instituto quanto aos aspectos ambientais, arquitetônicos, as diretrizes estabelecidas no PDI-UFSCar demandadas pelo Conselho Universitário para a expedição do Termo de Cessão, a qual já foi realizada?  


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Contra a priorização da circulação de veículos motorizados pela Área Norte no Campus UFSCar e extensão desse modelo ao extremo norte

Encontra-se em processo de terraplanagem, a extensão da via de mão dupla na área norte conforme mostra a foto ao lado.
Comparando com o mapa do campus, divulgado no site da UFSCar, trata-se de obra já prevista e que consolida o processo de construção de vias de circulação para veículos motorizados na área Norte. Resta saber se estão previstas a construção de ciclofaixas e a arborização nessas novas vias, uma vez que a área norte está bem árida. Por outro lado, considerando que a via em construção é prolongamento da que já existe atualmente margeando a área de cerrado e que, conforme o mapa, ambos os trechos estarão conectados por uma rotatória localizada bem no início de um "picadão no Cerrado" (destaque na foto), parece-nos que o projeto implícito ou explícito é transformar o picadão  numa futura via de mão dupla atravessando o Cerrado e acessando o extremo norte. Somos contrários a isso, visto que a via dividiria a continuidade entre as áreas de Cerrado já preservadas e que são interligadas pela outra área de Cerrado em litígio mencionada em postagem anteriores. Defendemos que esse sistema de vias otimize a circulação de veículos motorizados pela saída norte (a saída sul já é bastante congestionada nos horários de pico, pois há excesso de veículos motorizados no campus) e, futuramente, para o acesso ao extremo norte por fora do campus. O picadão do Cerrado funcionaria, futuramente, apenas como ciclovia e via de pedestres. Acerca do seu aproveitamento, cabem maiores discussões pela comunidade UFSCar. Consideramos que o modelo de expansão da área norte não pode, simplesmente, ser estendido para o extremo norte. Ele necessita ser revisto. 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

UFSCar - São Carlos - 2062: A expansão no extremo norte do campus é um projeto para, no mínimo, os próximos 50 anos. Portanto, vamos com calma e muita reflexão! 

Considerando que o campus da UFSCar-São Carlos demorou quarenta anos para tomar a sua atual dimensão e formatação, pensar a ocupação da área do extremo norte é, no mínimo, um projeto para os próximos cinquenta anos se considerarmos que essa área tem, aproximadamente, o dobro do tamanho do atual campus (descontada a área preservada de Cerrado). Nesse período, estamos considerando que o país prospere e que o crescimento da Universidade seja priorizado. Levando em conta essa perspectiva, fizemos um exercício de imaginar um NOVO campus, o CAMPUS NORTE representado no mapa abaixo. A área construída ATUAL seria denominada CAMPUS SUL.
Na área do futuro CAMPUS NORTE já há diversos caminhos demarcados (segmentos vermelhos no mapa acima). Os mesmos seriam aproveitados como as principais vias de circulação. Como o terreno é bastante plano ele também é bastante propício à instalação de ciclovias ou ciclofaixas. Quem sabe, no futuro, tenhamos veículos motorizados menos poluentes e ruidosos. O CAMPUS NORTE contaria com duas entradas/saídas (pontos 1 e 2 no mapa acima) e estaria separado do CAMPUS SUL por uma área de reserva de Cerrado e pelas instalações do Instituto Federal de Educação e Tecnologia de São Paulo (IFSP) cuja construção está no início. Os campi poderiam, ainda, ser interligados por um caminho para pedestres e ciclovia/ciclofaixa (linha pontilhada amarela no mapa acima). Desse modo, mesmo como área de reserva, o Cerrado estaria no cotidiano da comunidade UFSCar e não isolado dela. A ocupação do CAMPUS NORTE poderia começar pelas áreas 1 ou 2 (vide mapa acima). Talvez, a área 1 seja a mais indicada, pois como se pode ver no mapa acima, já há residências próximas e, atualmente, está sendo instalado um condomínio administrativo na região. Já, a área 2 fica próxima à EMBRAPA e a futura CIDADE DA ENERGIA. O pior, mesmo, seria começar a ocupação do CAMPUS NORTE na região próxima à atual área norte, uma vez, mantida preservada a área de Cerrado em litígio (conforme defendemos em postagens anteriores), as primeiras construções ficariam isoladas do atual campus por uma faixa de Cerrado e, inclusive, pelo prédio do IFSP.  

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pela integração paisagística da área de litígio de Cerrado à expansão do extremo norte da UFSCar

A área de expansão do extremo norte do campus São Carlos da UFSCar já sofreu diversas intervenções antrópicas. Parte do Cerrado remanescente está legalmente protegido. Defendemos que a área hachurada em rosa na figura acima, seja mantida sem novas intervenções e, nessa condição, integrada ao projeto de expansão como paisagem de Cerrado para harmonização sócio ambiental. Ela estaria para a área norte assim como o lago está para a área sul. Quanto ao picadão, já aberto numa das laterais desse quadrilátero de Cerrado, que interliga a área norte ao extremo norte, propomos que o percurso seja utilizado como via secundária para o transporte privado (o percurso principal para esse tipo de transporte seria a via externa ao campus representada pelo traço vermelho na figura acima)e destinado, prioritariamente, à pedestres, ciclovia e transporte coletivo. Isso já acontece com a "alameda" que passa junto ao lago da área sul.
"Alameda" junto ao lago da área sul: via secundária para o transporte no campus
A necessidade de um projeto arquitetônico ambientalmente adequado para a expansão do extremo norte do campus São Carlos: mirando a
 experiência da UFAM

Campus da UFAM em Manaus

O campus da Universidade Federal do Amazonas possui construções projetadas por Severiano Porto que, segundo Neves, em sua dissertação de mestrado defendida em 2006 na EESC/USP-São Carlos, possuem baixo impacto ambiental e com interferência mínima na paisagem original (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18141/tde-03012007-232857/pt-br.php). Outra proposta para a redução do impacto ambiental das construções é a verticalização dos edifícios e dos estacionamentos de veículos.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Mundos possíveis

Na área do extremo norte, já há um picadão cortando a área remanescente de Cerrado (foto à esquerda). Nesse picadão foram instalados diversos postes altos a fim de transportar a rede elétrica para o local onde está sendo construída a sede de uma outra instituição de educação do governo federal no meio da floresta de pinheiros. Qual será o projeto de impacto ambiental para a área afetada? O que podemos fazer para que o picadão priorize, futuramente, o transporte coletivo dos alunos, uma vez que há a alternativa de circulação de veículos externa ao campus passando pela floresta de pinheiros?
No centro da cidade de São Carlos, um trecho da rua beirando o Córrego do Gregório sofreu, recentemente, uma intervenção urbanística (foto acima) com a substituição do asfalto por lajotas permeáveis, luminárias baixas, calçadas para pedestres e obstáculos que promovem a circulação de veículos com velocidades reduzidas. Esse exemplo poderia ser aproveitado na urbanização do picadão pelo Cerrado? 
Predomínio do transporte individual nas áreas internas do campus


A circulação de veículos particulares no interior do campus está saturada. A presença dos veículos afeta duramente a paisagem. Apenas recentemente começou a rodar o circular para o transporte coletivo principalmente dos alunos. Também, não há opções como ciclovias ou ciclofaixas. Nesse quesito em particular, a expansão da área do extremo norte preocupa. Qual é a proposta de circulação viária para aquela área? Também priorizará o acesso de veículos particulares pela área interna do campus?  
Paisagismo que convida ao convívio na área Sul está ameaçado


Ao lado do prédio do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), na área sul, há uma área de convívio a céu aberto. O espaço é agradável aos olhos e funciona como circulação entre diversos departamentos instalados em edifícios isolados. Há árvores, caminho para pedestres, bancos e mesas. No entanto, recentemente, esse setor da área sul passa por um adensamento arquitetonicamente desarmônico. Foram construídos prédios à beira do muro da UFSCar e em posicionamentos espaciais que acirram a perspectiva de sobreposição dos edifícios. Um outro prédio obstruiu a parte frontal da área de convívio, isolando-a ainda mais do restante do campus. A construção de mais um prédio diminuiu o recuo entre aqueles já existentes. Enfim, se está criando, nesse espaço, um problema de escala arquitetônica onde a área construída não é condizente com o espaço não construído, gerando um "labirinto" estreito e desordenado de edificações.     
Qual o impacto da expansão, nos últimos anos, da área norte na paisagem do campus?


 Nos últimos anos, vários prédios foram construídos ou estão em construção na área norte da UFSCar. O que se observa naquele local, é o predomínio de um aspecto árido da paisagem. Há muita grama e despontam, no cenário, prédios sobrepostos. Suas arquiteturas são meramente funcionais e monótonas. Há um nítido contraste entre as paisagens do sul, do norte mais antigo e a área de expansão. Será que, com o tempo, a área de expansão adquirirá um aspecto mais harmonioso? O que é necessário fazer para integrar às áreas norte e sul do ponto de vista de suas paisagens?

A modificação da paisagem do campus 
São Carlos da UFSCar

O que gostaríamos de debater, acerca da atual paisagem do campus São Carlos da UFSCar e as modificações que ela vem sofrendo, assim como futuras intervenções que se articulam no presente, não se reduz à defesa da "preservação" dos remanescentes naturais. Como atesta a foto ao lado, uma imagem antiga do campus obtida desde a Praça da Bandeira, na área norte, é que já se sucederam diferentes paisagens em virtude da ação humana. Inclusive, houve, em alguns casos, atenuação da degradação antrópica do meio, se levarmos em conta o cenário atual que corresponde ao da foto acima. Assim, nossa premissa é de que as intervenções devem ser pensadas visando otimizar ou mesmo ampliar as possibilidades ecológicas, ao se considerar o bem estar dos seres vivos, a fruição estética do homem em relação à paisagem e as demandas sociais legítimas de uso do espaço físico para que a Universidade possa ampliar sua atividade de ensino, pesquisa e extensão de que nosso país necessita para o seu desenvolvimento. O debate portanto é amplo e requer reflexões nos âmbitos científico, filosófico, estético, ético e tudo o mais que contribua para a harmonização socioambiental.

Quem sou eu

Minha foto
Grupo de Estudos do Departamento de Metodologia de Ensino (DME) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - campus São Carlos, voltado às reflexões e proposições sobre a Didática na formação docente, tendo como referenciais teóricos e metodológicos, os estudos de gênero, os feministas, a a/r/tografia e a videoformação, visando problematizar a questão da opressão da corporeidade e da performatividade de professores e professoras, de alunos e alunas nos contextos da tecnoburocracia do sistema escolar, da ambiência acadêmica universitária e de certa pesquisa educacional normativa e prescritiva. Defendemos o reconhecimento dos saberes manifestos nos “corpos conscientes” e, portanto, compreendemos que o ideal e os procedimentos da normatização das práticas e dos fazeres no processo de ensino-aprendizagem se configuram como políticas de opressão à docência e à discência.

Seguidores